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quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Portfólio, inimigo ou aliado?

Olá pessoal!

Neste artigo veremos como trabalhar com a criação de um portfólio. O mesmo poderá ser seu cartão de visita, on-line ou impresso, que irá muito além das ferramentas oferecidas pela informática.

Devemos sempre ter em foco o que queremos mostrar, visto que o portfólio é a descrição de sua pessoa, composta por uma interface que corresponda a seus gostos e perfil. O portfólio não deve nunca soar apelativo, deve primeiramente agradar a você mesmo.

Você pode ter a intenção de mostrar que você é muito bom no que faz ou simplesmente trazer seu perfil à tona, mostrar seus trabalhos é o que mostra seu lado profissional. Posso ressaltar que se a intenção é mostrar o que você tem de melhor, é fato que deverá seguir algumas regras básicas, tais como colocar apenas os melhores trabalhos.

Sabemos que todo trabalho é sujeito a críticas e elas podem agredir o criador, visto que, de certa forma, parte dele vive neste trabalho. Essa é a condição que o artista está sujeito às críticas, construtivas ou não. O maior risco é não conseguir transmitir o que queremos no portfólio.

Sei que é complicado aceitar as críticas, mas elas poderão nos enriquecer muito, mesmo que aos nossos olhos o espectador crítico não saiba o que está dizendo, no fundo ele pode ter alguma razão.

Sempre devemos ter bom censo ao avaliar os trabalhos alheios compreendendo a essência que o artista possui e, caso algo nos desagrade, mostrar nossa posição de forma a enriquecer o trabalho do colega mostrando que na verdade queremos ajudar. Nunca apresente uma crítica onde você não tenha sugestão para a solução da mesma.

Eugênio Mohallem escreveu em 1997 por sugestão de José Carlos Lollo um artigo muito bom chamado Manual do Estagiário, que traz dicas para os que estão entrando no mercado de propaganda, e até mesmo para os profissionais mais experientes. O texto dá conselhos que vão desde a criação do portfólio até como se portar ao conseguir um emprego.

É complicado avaliar um profissional que não possui um portfólio. Como você avalia um professor de web que não possui sites de sua autoria? Será que um cliente aceitaria fazer um site com alguém que não tem o que mostrar? Você contrataria um pedreiro para trabalhar em sua casa sem referências?

Chegamos em um ponto interessante. Podemos dizer que o portfólio dará margens para que o contratante lhe conheça melhor. O currículo dizendo que você fez curso na França não vale de nada: o que garante que você realmente é bom? O fato de possuir um canudo não é garantia de competência. É importante ter os trabalhos em mãos, já que se corre o risco de ser contratado. O contratante logo verá se você possui o perfil da empresa, muitas vezes ele poderá dizer: "É justamente esse tipo de trabalho que eu preciso".

Tão importante quanto os trabalhos que você vai apresentar é a maneira de apresentá-los. No portfólio off-line, uma pasta bonita de couro e trabalhos bem impressos são o suficiente. No portfólio digital, a apresentação pode ser seu cartão de visita, ela pode fazer o diretor de criação ver os seus trabalhos ou arremessar seu cd pela janela, podendo até provocar um acidente...

Pasta portfólio para trabalhos impressos - www.omar.srv.br

Recomendações

01. Deve-se ter a preocupação de criar páginas que são acessíveis. Os vídeos deverão estar em formato swf ou wmv, o uso de codecs de compressão poderá impedir o funcionamento dos mesmos.

02. Nunca tenha apenas a opção de um site, tenha em mãos um cd com seus trabalhos. Hoje é possível encontrar cds com formato de cartão de visita, nada melhor do que colocar seu portfólio em um desses.

03. Tenha sempre um portfólio impresso para o caso de eventuais imprevistos.

04. Não faça apresentações demoradas que podem cansar o contratante, tente surpreender evitando os exemplos citados por Eugênio. Esqueça esse negócio de mandar seu portfólio dentro de garrafa, já o fizeram.

05. Um portfólio com idéias ótimas não salvam trabalhos ruins.

06. Não coloque pretensão salarial ou dados irrelevantes como RG, CPF, nº da carteira de trabalho, etc. A formação acadêmica pode ser citada pois pode dizer o tipo de informações teóricas que você carrega.

07. Nunca diga que determinado trabalho é "apenas" seu quando não o fez sozinho. Coloque o nome dos participantes. Isso mostra que você é honesto: peça fundamental nos dias de hoje.

08. Se você possui a idéia e não a técnica, procure um profissional que possa lhe ajudar com o que realmente quer mostrar.

09. Caso seja um redator, os textos dos seus anúncios devem ser legíveis. Cada atuação terá seu grau de avaliação.

10. Se você tiver alterações de fotografias que implicam em deixar a pessoa mais bela, evite utilizá-las como trabalho para poupar constrangimentos à pessoa.

O portfólio poderá trazer bons frutos, determinando seu perfil profissional. Consulte sites na internet, você encontrará vários pela rede e poderá avaliar assim como os contratantes.

Pessoas munidas de boas técnicas e dominadores de ferramentas nós encontramos aos montes. O difícil é encontrar bons criadores. Algo técnico pode ser assimilado pela maioria das pessoas, mas criatividade não se encontra em qualquer um.

Não fique preocupado caso não tenha muitos trabalhos, muitos deles poderão ter temas fictícios. O famoso Blog não deve ser considerado portfólio. Várias pessoas têm exibido o mesmo como tal.

Nosso censo crítico é muito alto para nossos trabalhos, hoje está bom, mas amanhã, nem tanto. Isso é bom, levando-se em consideração as possíveis melhoras que virão com o tempo. Não jogue fora seus trabalhos, mesmo que você não tenha gostado.

O portfólio pode ser um grande inimigo, quando não o fazemos conforme as expectativas de determinada empresa. Deve-se ter a preocupação de criá-lo para diversas condições a fim de aumentar as chances de uma boa aceitação, é claro, se você realmente quiser.

As dicas em sua maioria são simples de serem seguidas e valem ser lembradas.

Abraços e até mais!

Fonte: Wellington Carrion é Instrutor de Desenho e Web Design desde 1998, em tecnologias 3D, Adobe, Corel e Macromedia. Estudou Artes Plásticas por 3 anos e atualmente leciona os cursos Microcamp de Web Developer e Desenho Artístico.


quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

O bom estagiário de TI (ou outro qualquer)

Ser estagiário é o primeiro passo para o profissionalismo mas, ao mesmo tempo pode-se tornar um passo para o limbo. Se você é ou será estagiário, veja aqui como aproveitar ao máximo este período e tornar-se um profissional requisitado.

Engraçado que nunca fui estagiário. A vida me tirou do banco da escola diretamente para o profissionalismo e se vão quase vinte anos desde que isso aconteceu. Dizendo isso você pode estar pensando "mas como está escrevendo sobre este assunto se nunca passou por isso?" Bem, eu não preciso ser um hobbit para escrever sobre a Terra Média não é mesmo? A experiência destes anos todos levou-me a ter sob custódia dezenas de estagiários os quais sempre tentei mostrar que aquele período de "molho" era simplesmente uma etapa a ser transposta para o futuro de sua carreria. Neste meio tempo aprendi com eles principalmente como não ser um estagiário. Quer ouvir um pouco? Então vamos lá.

Um pouco de teoria

Pela atual legislação de nosso país (lei aprovada em 27/06/07(1) na Câmara dos Deputados(2)) o estágio é "o ato educativo supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa a preparação metódica para o trabalho de educandos que estejam frequentando o ensino regular, em instituições de educação superior, de educação profissional e de ensino médio". Trocando toda esta fala bonita em miúdos, o estágio é aquela educação dentro do ambiente de trabalho onde o futuro profissional irá exercer sua profissão, servindo para que este possa colocar em prática o que está ou esteve aprendendo no banco da escola, com supervisão de um mentor.

Dito isso alguns leitores poderão já dizer: "mas o estágio que conheço não é nada disso, é trabalho forçado!". Eu sei nobre colega. E não somente eu, mas parece que nossos legisladores também acordaram para o fato que muitas empresas estavam usando o manto do estágio para mão-de-obra barata, principalmente por não incidirem vários impostos e tampouco ser caracterizado vínculo empregatício com a empresa. Mas vamos deixar de lado a questão legal e trabalhista do assunto pois ela pode ser vista em vários sites na Internet(3) e também lendo o projeto de lei aprovado na Câmara. Vamos falar sobre o estagiário, vamos falar de você.

Lembro-me ainda hoje de um dos melhores estagiários que comigo trabalhou. Garotão ainda, tinha acabado de sair da faculdade. Boas notas, se virava bem no inglês e no espanhol e tinha um "quê" de diferente de todos os que entrevistei. Alguma coisa me dizia que ele seria futuramente um ótimo profissional e resolvi contratá-lo. Na primeira semana de estágio, ainda meio fora de forma e duro no teclado, faz um DELETE FROM tabela sem uma cláusula WHERE. Resultado: todo o banco de dados de um dos nossos clientes desapareceu em questão de segundos. Branco como vela, veio me contar sua proeza e saber como poderia voltar atrás, mas já tendo a certeza que estaria no olho da rua. Ao contrário do que pode-se imaginar, somente recuperei um backup com os dados e expliquei que quando se apaga, tem-se dizer o que está se apagando. Para encurtar a história, nunca mais cometeu o mesmo erro, aprendeu e hoje é um profissional que tenho o prazer de, sempre que posso, carregá-lo comigo para trabalharmos juntos.

Voltando da historieta, muitos estudantes odeiam estágio. Alguns inclusive tentam tudo para não estagiar. Acham que é uma grande besteira e somente uma imposição da instituição de ensino que freqüenta. Longe disso, o estágio é o "warm-up" de uma carreira e quando bem aproveitado (e supervisionado) pode se tornar um perfeito laboratório principalmente para aprender como fazer e como não fazer as coisas. Desta forma, o aproveitamento do estágio não é somente uma questão de "cumprir horas", mas sim poder estar na tenra idade diante de bons (ou maus) profissionais que irão balizar aquilo que irá fazer no futuro. E o que você, como estagiário pode fazer para tornar este treino uma pole-position?

Seja responsável

Claro que as baladas, viagens e oportunidades de paqueras mil fazem a cabeça de qualquer garoto pirar. Esta é a época do deslumbre, do descobrimento, da experimentação. Mas responsabilidade deve ser o primeiro ponto a ser levado em questão quando se está estagiando. Tire da cabeça que por não existir um vínculo empregatício com a empresa que você é turista e pode entrar ou sair a hora que bem entender. Também existem tarefas que devem ser feitas e nós, profissionais, pouco queremos saber se por causa de um porre da noite anterior você não terminou determinado código. Isso é problema seu e que está criando um outro problema. Então meu amigo, responsabilidade! Se quer passar o fim de semana na orgia com aquele monumento que conheceu numa balada, sem problema nenhum. Mas não se esqueça que na segunda-feira seguinte estão esperando você no escritório, mesmo que seja numa maca.

Mas a responsabilidade vai muito além disso. Ela passa também pelas questões de informações sigilosas, dos equipamentos que usa e até mesmo pelo que escuta nos corredores. Sempre fique atento no que está fazendo e pense sempre se são corretas suas atitudes. Estágio não é playground, é trabalho e futuro (o seu).

Aquele que é responsável possui pontos muito grandes sobre o gênio indomável. É uma pessoa que pode-se contar sempre e que não precisa ser monitorada constantemente. Mas cuidado, ser responsável não é ser escravo. Jogue limpo para que joguem limpo com você em todas as oportunidades. Faça a sua parte com responsabilidade e aprenda a falar não quando não existe como fazer algo. Milagre é coisa rara até mesmo para os mais fervorosos.

Não tenha vergonha

Você não é um profissional e por isso não é obrigado a saber tudo. Aliás, mesmo os profissionais de longa data não sabem tudo. Diante deste fato não tenha vergonha de dizer "não sei" e inclusive aproveite este "não sei" ao seu favor: "eu não sei como se faz isso, mas vou procurar aprender para lhe dar uma resposta". Com isso, fica caracterizado que você é honesto e também interessado em solucionar os problemas que aparecem em sua frente.

Fuja dos chavões "isso é fácil" ou "isso é bico". Um pequeno código pode se tornar uma dor de cabeça tremenda e você ficar em falta com sua palavra. Dê sempre certeza no que fala, mesmo que seja para "não sei". É preferível um não sei com 100% de certeza do que um "eu sei" com 50%.

Comporte-se

No mundo da programação não é raro ver empresas que aceitam profissionais de todas as tribos. Cabeludos, nerds, roqueiros, almofadinhas e todo o tipo de expressão pessoal. Mas convenhamos, não é nada legal você estar em uma empresa onde todos usam gravatas e você aparecer de skate e camiseta do Sepultura. Nada contra, cada um tem seu jeito e sua forma de ver o mundo. Mas se você não suporta um terno, não invente de trabalhar em uma companhia onde este é o "uniforme" do dia-a-dia. Procure uma que aceita seu jeito de ser (ou que incentive, inclusive) para que possa fazer sua parte sem pressão de todo mundo comentando sobre o "maluco de TI".

O comportamento não é só a vestimenta, mas também aprender a falar e ouvir. Nada mais chato que aquele contador de vantagens, piadas ou pior, de casos. A empresa não é mesa de bar e alguns de seus colegas podem até achar engraçado na primeira vez. Depois, começa a se tornar chato e sua imagem horrível. Cuidado com o que fala e para quem fala. Seu superior não é "meu" e tampouco "mano" e a secretária do departamento não é "aquela gostosa". As pessoas possuem nomes e títulos que, aceite você ou não, devem ser respeitados. Ou você gostaria que seu estagiário o cumprimentasse: "aí mano, certo?!" Coloque-se na posição deles no futuro pois certamente lá estará.

Curiosidade não mata o gato

O que mais prezo numa pessoa é a curiosidade. O questionamento do "por quê" determinada coisa é assim e não assada fez com que tenhamos hoje telefones, carros, aviões, satélites e tudo o que a vida moderna nos proporciona, sendo certamente a grande mola das invenções humanas. Via de regra quando se está na etapa do estágio, se é jovem com todo o gás. Então o necessário é dar vazão a este gás de uma forma direcionada, aproveitando o conhecimento daqueles que já estão na estrada há mais tempo e questionar, perguntar sempre.

A maioria dos estagiários toma uma atitude passiva diante de tudo aquilo que é apresentado, se tornando então um robô. Vá além disso, querendo saber como seu colega chegou a determinado objetivo, que caminhos traçou, como transpôs os obstáculos e anote tudo. Esta bagagem será de grande valia em seu futuro como profissional.

Ser curioso não é visto como um problema, mas sim como uma qualidade pouco aproveitada nos dias de hoje. Entretanto tome cuidado com a dose. Algumas coisas não se deve perguntar pois o nível de responsabilidade ou ainda os perigos existentes no conhecimento sobre determinado assunto podem lhe trazer problemas.

Aproveite-se da empresa

A maioria das empresas (principalmente em TI) possuem uma vasta literatura técnica e também uma profusão de softwares que você pode estudar e ampliar seus conhecimentos. Algumas delas inclusive incitam seus estagiários a estudar além do que a escola ensina, seja por meio de cursos de idiomas, certificações ou ainda cursos internos. Participe de tudo, mostre interesse e amplie seus conhecimentos. Aproveite-se destas oportunidades para melhorar seu currículo e ampliar suas oportunidades no futuro.

Mas aproveitar-se não quer dizer que você pode pegar aquele manual do Counter Strike e imprimir naquela maravilhosa laser colorida em alta resolução. Isso é falta de responsabilidade. Da mesma forma, não faça cópias de softwares que não permitem cópias e tampouco instale em sua máquina aplicativos que não são aceitos. A questão de segurança é muito importante dentro do mundo corporativo e não é feita para dar emprego para determinados profissionais. Esqueça o regojizo de usar a rede corporativa como seu centro de downloads de filmes e músicas. É melhor pegar a grana do estágio e pagar uma linha DSL em casa e deixar sua máquina o dia todo fazendo download (lembra-se da responsabilidade?).

Crie sua rede de contatos

Também conhecida como networking, a rede de contatos é aquela que lhe trará as melhores oportunidades e posições no futuro. Acredite, ela realmente funciona tanto para o lado bom quanto para o lado ruim. Se você é um bom profissional, competente e responsável, certamente seu ex-colega de trabalho ou superior tecerão as melhores palavras sobre você quando precisar usá-los como referência. Mas se ao contrário disso os defeitos superam em muito as qualidades, pode ter certeza que terá que mudar de cidade. Neste aspecto o dito popular que notícia ruim é mais rápida que rastilho de pólvora cabe com perfeição.

Cuidado! Rede de contatos não é Orkut e tampouco Facebook. Se você quer criar uma rede de contatos online, use uma das várias corporativas existentes. As anteriormente citadas servem mais para fofoca do que qualquer coisa. Ademais, não é colecionando figurinhas num site que se cria uma rede de contatos. É necessário efetivamente ter contato com a pessoa, ligar em seu aniversário, convidar para um happy-hour ou almoço, se fazer presente. Da mesma forma, ser solícito quando necessário é algo que sempre conta e também muito lembrando no momento de uma recolocação. Ninguém vai deixar de falar que você sempre ajudou, sempre apoiou e sempre foi "pau prá toda obra". Somente tome cuidado para não se tornar um verdadeiro puxa-saco. Estes morrem afogados.

E no frigir dos ovos

Se você quer realmente ser um profissional, aja como tal. Uma pesquisa(4) realizada por um dos maiores grupos de RH do país em 2004 mostra que somente 6% dos estagiários são efetivados. O problema: falta de profissionalismo. O estágio deve ser visto como parte de sua carreira e não somente como uma tarefa a ser executada. Tenha paixão no que faz e faça bem feito. O mercado procura bons profissionais e estes muitas vezes são ou foram estagiários comprometidos não somente com o que trabalham, mas também com tudo a sua volta. Se você não faz a sua parte, infelizmente não podemos fazer a nossa.

Sucesso!

Fonte: Paulino Michelazzo é desenvolvedor web desde 95 e escreve com regularidade para vários canais na Internet e revistas nacionais e internacionais. Atualmente é Systems Developing Specialist na missão da ONU – Organização das Nações Unidas no Timor-Leste.




sábado, 16 de fevereiro de 2008

Gerenciamento de Projetos: Os 10 mandamentos

I - Estreitarás teus escopos. Nada é pior do que um projeto interminável. Ele pode sugar todos os recursos e esgotar até mesmo a equipe mais motivada. Para manter os projetos firmes e orientados, concentre seus maiores esforços em projetos menores, que tenham entregas (”deliverables“) alcançáveis e que possam cumprir seus prazos. Em longo prazo, uma série de vitórias pequenas tem mais impacto sobre a organização do que uma gigantesca orquestra sinfônica que nunca chega a tocar.

II - Não tolerarás equipes inchadas. Uma boa maneira de começar com o pé direito é garantir que a equipe do projeto terá o tamanho certo. Equipes maiores são mais difíceis de motivar e administrar, e as personalidades podem ficar no meio do caminho, atrapalhando o trabalho. Não existe um tamanho ideal para a equipe, mas uma boa regra empírica é ter uma pessoa para cada papel e um papel para cada pessoa. Se alguns integrantes tiverem que desempenhar mais de um papel, tudo bem - se você for errar o dimensionamento, erre a favor de uma equipe menor.

III - Exigirás dedicação de todas as áreas envolvidas. Se a área de TI aceitar um prazo apertado, mas parte dos documentos de projeto precisar ser aprovado pelas demais áreas da organização, e elas não estiverem comprometidas da mesma forma, o projeto acaba virando uma gincana. Se as áreas de negócio aceitam um prazo apertado, mas dependem de um aplicativo a ser desenvolvido pela área de TI, que não está comprometida da mesma forma, o projeto também acaba virando uma gincana. O gerente de projeto deve se posicionar de forma a que todas as áreas diretamente envolvidas no sucesso do projeto estejam comprometidas, e disponíveis na medida da necessidade, desde o princípio.

IV - Estabelecerás um comitê para analisar o andamento. O comitê de acompanhamento, qualquer que seja seu título oficial, é o corpo diretivo do projeto. Ao mesmo tempo em que lida com questões relacionadas às políticas e estratégias da empresa, ele pode e deve remover as lombadas e obstáculos do caminho do projeto. Um arranjo típico envolve reuniões quinzenais das áreas de gerência intermediária envolvidas no projeto, para analisar seu andamento e verificar como se envolver das formas descritas acima.

V - Não consumirás tua equipe. O ‘burnout’, ou esgotamento físico e mental dos membros da equipe, causado pelo stress e esforço das atividades, não é incomum. Fique atento às necessidades das pessoas e evite este efeito que reduz a efetividade da equipe - não planeje de forma que o envolvimento das pessoas vá exigir sacrifícios incomuns e continuados. Em particular, evite o efeito do envolvimento serial: o popular efeito “sempre os mesmos” - pessoas que se destacam por resolver bem os problemas que recebem, e assim acabam sendo envolvidos em mais projetos do que seria racional, gerando stress para elas, e disputa de recursos para os projetos.

VI - Buscarás apoio externo quando necessário. Adotar consultores em gerenciamento de projetos é uma forma de prevenir o esgotamento. Além de aumentar as equipes, os especialistas externos muitas vezes podem trazer valiosas novas idéias, perspectivas e energias. É essencial trazer o profissional certo no momento certo: especialistas nos aspectos técnicos e de mercado não são a mesma coisa que especialistas em gerenciamento de projetos. Considere as características do projeto e da equipe antes de definir o tipo de apoio externo necessário.

VII - Darás poder às tuas equipes. Equipes de projeto que já estejam se esforçando para cumprir seus escopos e prazos não precisam ter preocupações adicionais com questões formais como o preenchimento de formulários de registro de atividades para seus departamentos, ou participação em reuniões periódicas de seu órgão de origem. Ao invés disso, eles devem ter o poder discricionário de dedicar-se às atividades essenciais e que agregam valor ao projeto, e a estrutura deve se esforçar para adaptar-se a estas condições. Mas é importante que os membros da equipe correspondam a esta confiança, saibam claramente o que se espera deles e de que forma devem usar sua iniciativa.

VIII - Usarás ferramentas de gerenciamento de projetos. Tarefas mundanas de gerenciamento de projetos podem ser automatizadas. Procure ferramentas que ofereçam acompanhamento do andamento, gerenciamento de tarefas, gerenciamento do fluxo de trabalho e análise de recursos, e que funcionam em uma plataforma de Intranet que promova o compartilhamento e a comunicação. Mas lembre-se de que usar tecnologias que acrescentem uma camada extra de complexidade a um projeto já desafiador por si pode não ser uma boa idéia.

IX - Reconhecerás o sucesso. Todos os participantes do projeto devem ser reconhecidos de forma positiva pelo esforço que praticaram. As recompensas não precisam ser extravagantes. É fundamental que a origem real do reconhecimento - seja a Presidência, a direção da filial regional, o principal patrocinador do projeto ou o seu gerente - fique clara para todos, e que se manifeste de forma tão individual e personalizada quanto possível.

X - Não tolerarás gambiarras. Políticas sólidas de gerenciamento de projetos devem eliminar antecipadamente a tentação de recorrer a alternativas rápidas e rasteiras, que só levam a erros, desperdício, retrabalho e frustração.

Estes são os mandamentos da gestão de projetos segundo James Kerr. Que tal aproveitar para incluir nos comentários alguns mandamentos adicionais que você aprendeu em sua própria experiência ou que sejam adotados em sua organização?

Fonte: http://www.efetividade.net

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