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domingo, 22 de junho de 2008

O perfil do novo programador

Que o mercado de trabalho procura algo além do estereótipo do “nerd”, já não é mais novidade. Já faz pelo menos uma década que as empresas exigem dos programadores, além do domínio na linguagem do momento, compreensão de conceitos de negócio e capacidade para entender os processos da TI. Ainda assim, muitos profissionais da área insistem em buscar apenas o conhecimento técnico e ignorar os fatores estratégicos e humanos da área.

“O pessoal continua batendo na mesma tecla do ‘preciso aprender Java’ ou ‘preciso aprender .Net’. Mas as linguagens são apenas o meio, é preciso entender a problemática. Já vi alunos que eram muito bons na programação, mas que não entendiam o fundamento dos problemas – afirma o Coordenador do Núcleo de Tecnologia da Universidade Ibirapuera, Luis Cesar Dias Moraes.

Segundo Luis, há quinze anos empresas como a IBM não se preocupavam mais com que linguagens específicas os candidatos conheciam, mas sim com seu raciocínio lógico. O motivo é simples: com o dinamismo do mercado, as linguagens vêm e vão, mas um profissional com boa capacidade em lógica de programação é capaz de se adaptar às mudanças.

Linguagens e mercado

O surgimento de novas linguagens é, aliás, uma das possíveis razões para os programadores terem se tornado mais polivalentes. Se no início da TI apenas especialistas eram capazes de mexer num computador, hoje as linguagens de programação estão cada vez mais fáceis de compreender.

“Antigamente o programador tinha que pensar no algoritmo X ou Y para fazer isso ou aquilo. Hoje a maioria desses algoritmos já está instanciada; você só precisa saber a função para chamá-lo. Como as ferramentas estão ficando muito mais práticas, os programadores estão abstraindo mais e até assumindo tarefas que antes eram dos analistas: por exemplo, ele tem que compreender um diagrama de componentes, algo que não era importante para ele dez anos atrás – explica Luis.

Quem pensou em acúmulo de funções não está muito distante da verdade. Afinal, a busca por profissionais que entendam mais do que bits e bytes está enraizada também na redução de custos. “Empresas com foco na produção de software sempre terão muitos programadores. Já nas outras, o profissional vai atuar mais como um orientador – sugere o Gerente de TI da Ibirapuera, Maurício Jonatas Gomes.

Ele cita o exemplo de sua própria área de TI: o setor educacional geralmente não desenvolve softwares próprios, optando por comprá-los de terceiros. Logo, num processo seletivo, Maurício dá preferência aos candidatos que combinem o conhecimento técnico ao de projetos, tendo capacidade para determinar exigências para os fornecedores e também discutir os resultados com acionistas.

Logo, a procura por habilidades de negócios e compreensão dos processos seria uma forma de sobreviver aos cortes de custos na TI das empresas cujo core business não é o desenvolvimento de programas. Conhecer bem os processos, segundo Maurício, pode ser inclusive uma forma de garantir a segurança no emprego. “É fácil oferecer um treinamento técnico a um novo colaborador. Já um profissional que entende bem o funcionamento da empresa não pode ser trocado tão facilmente – afirma.



Fonte: http://www.timaster.com.br/

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